Comecemos pela necessidade. Em 2009 um grupo de estudantes universitários reconheceu que a falta de um rendimento estável e previsível era um dos grandes entraves ao crescimento de muitas famílias na Ilha de Moçambique.

Estes estudantes perceberam que o principal problema não estava no rendimento e no trabalho desenvolvido no local, mas na volatilidade do mesmo. As famílias não conseguiam planear as suas vidas profissionais e financeiras além de uma semana. A poupança era um conceito lato, misturado, muitas vezes, com uma obrigação moral de ajuda a familiares.

Este grupo percebeu que por família havia pessoas empreendedoras, com negócios plausíveis e interessantes e, que na melhoria  do trabalho de cada empreendedor poderia residir a chave para uma melhor qualidade de vida do empreendedor, da família e da comunidade em que este estava inserido.

Talvez tivesse aquele grupo formação suficiente para, no apoio ao negócio destes empreendedores, influenciar uma melhoria na alimentação familiar, uma melhor educação, produtos com melhor qualidade no mercado, maior organização na economia local, entre outros… Podendo residir aqui a chave para que as necessidade encontradas fossem colmatadas e assim contribuir para o desenvolvimento da Ilha de Moçambique.

Esta era a necessidade – encontrar maneiras de fazer estes negócios crescerem, soluções que trouxessem solidez às vidas destes empreendedores.

A vontade está no ADN do MOVE e representa a incapacidade de ser indiferente. Por ter vontade de fazer acontecer, este grupo quis ser parte da solução.

Da junção da necessidade e da força de vontade deste grupo, criou-se a oportunidade. O MOVE foi criado para dar oportunidade aos empreendedores de trabalharem as fragilidades do seu negócio e de encontrarem um parceiro que quer alavancar as suas qualidades. Este parceiro vive na vontade de tantos outros jovens universitários em Portugal, que além do conhecimento técnico possuem a vontade e a capacidade de fazer acontecer.